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Ao Sr.

André Guilherme Brandão

Presidente do Banco do Brasil

Sr. Presidente,

Inicialmente desejo ao senhor e sua Diretoria gestão profícua, de acordo com a grandeza e importância do nosso Banco do Brasil para o setor produtivo nacional.

Nossa Casa que, por infeliz e inexplicável escolha pessoal do Paulo Guedes, teve o desprazer de contar, graças a Deus por pouco tempo, com a temerária gestão de um cidadão chamado Rubem de Freitas Novaes, merece notícia boa.

O Sr. Rubem já chegou em Brasília aposentado, reclamando da cidade, de tudo e de todos, menosprezando o quadro de funcionários do Banco do Brasil, ao anunciar que traria para sua Diretoria pessoas do mercado, que sabiam trabalhar.

Dizendo-se “algemado” para agir, pelas limitações de banco público, coisa que nenhum dos nossos grandes presidentes lamentou, e fazendo pouco caso dos salários pagos.

Com isso, de pronto ganhou antipatia da grande massa que compõe o conglomerado Banco do Brasil, incluindo-se nesse apreciável universo de pessoas vinculadas, os aposentados e pensionistas.

Agravou sua situação de rejeição junto à família BB, quando escancarou para a sociedade, na posse, sua missão principal, enfraquecer o Gigante, para preparar sua privatização, como determinado por Paulo Guedes.

Vale salientar que esse “reles” e obscuro cidadão, retirado das “trevas” do desemprego por seu amigo Paulo Guedes, estava a proclamar, para quem quisesse ouvir, que atuava na contramão das diretrizes estabelecidas pelo Presidente da República, que nunca admitiu a privatização do Banco do Brasil na sua gestão.

Escapou de levar “cartão vermelho” antes mesmo de começar o jogo.

Queremos esquecer esse infeliz período, que embora breve, nos causou alguns prejuízos, especialmente a perda de espaços para a Caixa Econômica Federal, cujo Presidente, está sempre a “tiracolo” do Presidente da República, procurando “atender todos seus desejos”.

O Presidente Bolsonaro declarou, há poucos dias, que Pedro Guimarães é o “exterminador de bancos”, pelas baixas taxas praticadas pela Caixa, medida que obrigaria as demais instituições financeiras a acompanhar, sob pena de perda em massa da clientela mais atenta.

Na Amazônia, a Caixa atende, através de agência/barco, regiões isoladas, sem acesso a postos fixos, que o Presidente Bolsonaro visitou recentemente, a convite do “Pedrinho”.

Dia desses, não lembro a localidade visitada por Bolsonaro, moradores pediram a instalação de AGÊNCIA DO BANCO DO BRASIL, talvez pelo perfil e experiência em crédito ao pequeno produtor. Imediatamente, Pedro Guimarães, que estava, como sempre, “grudado” no Presidente, prometeu retornar ao local, na próxima semana, para estudar a implantação de Posto da Caixa.

Presidente Brandão, todo este espaço hoje ocupado pela Caixa era nosso.

Os mais antigos não deixam de lembrar que o Banco do Brasil estava sempre presente nos pontos mais distantes desse País, seja através dos Postos Avançados de Crédito Rural, Caixas Avançados ou Agências.

Nas pequenas localidades, os funcionários do Banco do Brasil faziam às vezes de agentes comunitários e professores em escolas carentes, cumpriam missão muito além das atividades bancárias. Através dos fiscais da CREAI ou SETOP, visitavam os produtores em seus empreendimentos, para orientar e verificar a correta aplicação dos capitais emprestados, por mais distantes que estivessem passando, às vezes, dias sem retornar às bases, suas agências.

Depois o Banco criou o segmento técnico, com especialização em agronomia e pecuária, para reforçar apoio aos empreendimentos rurais por nós financiados.

Conseguimos ser líderes em contratações de crédito rural, continuar apresentado lucro e, ao mesmo tempo, cumprindo agenda social, como bem cabe ao Banco público.

Sempre servimos, com atenção e agilidade, órgãos governamentais, como Receita Federal, EMBRAPA, Quartéis e Justiça Federal, com postos de Serviço ou terminais de caixa próprios e exclusivos. Às comunidades sempre oferecemos, nos principais pontos de movimento, terminais de saque, pagamentos, saldos e transferências.

Agora, encolheram o BB.

Nossos terminais não existem mais. Compartilhamos, com outros bancos, terminais com parcos recursos de serviços, filas enormes, não raro sem dinheiro para saque.

Pretendem alienar, por exemplo, nossa seguradora, segmento altamente rentável e outras subsidiárias do mesmo nível, enfraquecendo, dessa forma e aos poucos, a estrutura do Gigante, para transformá-lo em banco comum, despido das ações para as quais foi criado.

Paulo Guedes, em sua fúria de privatizar esquece o valor que o Banco do Brasil pode ter, como sempre teve, como instrumento de Governo, com tentáculos de muito mais alcance do que qualquer outra instituição financeira no País.  Basta saber e querer usar.

Não estamos aqui a pleitear retrocessos, como a primeira vista parece, apenas focamos as diversas formas que eram usadas para exercer, liderança, permanecer lucrativo e servir a comunidade.

Basta que reinventemos fórmulas modernas e ágeis, para fazer o que fazíamos, mas com maior aproveitamento.

E, para concluir, resta-nos rogar por atenção especial do senhor, caro presidente, no sentido de buscar apoio do funcionalismo de ponta, das agências, desmotivado e temeroso, dando-lhes injeção de ânimo e ouvindo seus clamores, para que a máquina volte a funcionar.

É lá que fluem os negócios, e surgem as grandes idéias, mas que em nosso modo de ver está relegado a plano secundário, temerosos de cortes em cargos, comissões e/ou transferência indesejadas.

O comandante não marcha sozinho.

Meu abraço e SUCESSO.