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Circularam pelos grupos de internet algumas mensagens propondo eleger-me ao cargo de Diretor de Planejamento da PREVI. Profundamente sensibilizado, agradeço imensamente a consideração e cumpro meu dever de prestar a todos os esclarecimentos que se seguem.

Ratifico meu entendimento de que a gestão compartilhada na PREVI é uma farsa, conforme divulguei recentemente pelos meios de comunicação eletrônica. Os fatos ocorridos na eleição 2016 comprovam inequivocamente.

Nesta eleição o Banco mudou suas regras, interferiu diretamente no resultado e tornou o processo eleitoral ainda mais viciado.

Ao contrário de eleições anteriores, não permitiu que as chapas utilizassem o Serviço de Malotes para enviarem suas mensagens aos funcionários da ativa, não permitiu o uso do email corporatativo e não franqueou o acesso dos candidatos às suas dependências. Tal acesso ficou a critério de cada gestor, sendo que uns permitiram e outros não.

Ocorre que a chapa da Contrafcut tem livre acesso a todas as dependências do Banco a todo momento e possui permanentemente um representante em cada uma delas. Assim, pode dizer a todos os eleitores da ativa o que bem entendeu e quantas vezes quis. Venceu com apenas 13% dos votos dos eleitores. Foi rejeitada por 23,94% do total de votantes (ativos e inativos), que registraram o voto branco (8,59%) ou nulo (15,36%) e por 21% dos votantes da ativa, pois que votaram branco ou nulo.

A chapa que ficou em segundo lugar conseguiu furar o bloqueio e durante vários dias seguidos enviou mensagens a todos os eleitores da ativa através do e-mail corporativo do Banco.

Nós, da chapa 5 SEMENTE DA UNIÃO NA PREVI, solicitamos à Comissão Eleitoral o direito de acesso aos e-mails corporativos e nosso pedido foi negado. Decidimos não infringir a regra.

A influência das restrições impostas pelo BB é flagrante no resultado. A chapa vitoriosa da Contrafcut, que tem acesso ilimitado aos eleitores da ativa, obteve 21% dos votos desse segmento. A chapa 1, que ficou em segundo lugar e que acessou os e-mails corporativos, obteve 20%. Enquanto isso, as demais, que não tiveram acesso obtiveram: chapa 2 = 9%; chapa 4 = 3% e chapa 5 = 6%.

É simplesmente impossível considerar que a gestão da PREVI seja efetivamente compartilhada diante da escancarada interferência do Patrocinador BB na eleição dos representantes dos participantes. Como entender que os participantes estejam representados na gestão se apenas 13% deles preferiram os que foram eleitos?

É sob essa realidade que devemos encarar a eleição do Diretor de Planejamento que está em curso.

Devem os participantes aceitar que vença o candidato que representa a chapa que venceu a recente eleição favorecida pelas novas regras impostas pelo patrocinador? Ou devem se unir em torno de um candidato verdadeiramente de oposição, totalmente independente do patrocinador e das forças que lhe dão suporte, que reúna as qualidades indispensáveis para o bom desempenho do cargo?

É de suma importância entender que esta eleição não irá assegurar a paridade efetiva da gestão, mas é um primeiro e importantíssimo passo nessa direção. Deverá ser seguido de outros passos nas eleições de 2018 e 2020.

Não se trata de simplesmente escolher um candidato que seja capaz de derrotar um candidato afinado com os interesses do patrocinador. Trata-se de iniciar a construção de uma base sólida para que a gestão se torne efetivamente compartilhada.

Isso implica na definição de alguns requisitos fundamentais, dentre os quais destaco:

1º – COMPROMISSO EXCLUSIVO COM OS PARTICIPANTES

Se o representante dos participantes tiver compromisso com correntes sindicais e/ou partidos políticos, poderá pender para estes nos casos em que os interesses destes forem conflitantes com os dos participantes.

A título de exemplo, se um Governo entender que os fundos de pensão devam investir em uma obra que ele considere de interesse coletivo mas que não seja atraente para a iniciativa privada por oferecer baixo rendimento e representar alto risco, os representantes dos participantes que tiverem compromisso com as intenções desse governo poderão entender que os interesses da nação se sobreponham e votar favoravelmente à participação do fundo no empreendimento.

Há outras situações que favorecem os interesses do patrocinador. A ANABB foi criada com a finalidade específica de defender o Banco do Brasil. Nunca contrariou e jamais irá contrariar os interesses dele.

2º – CONHECIMENTO SOBRE FUNDO DE PENSÃO

É essencial que os representantes dos participantes saibam qual é a missão de um fundo de pensão, conheçam os princípios que o regem e os limites de atuação.

3º – CAPACIDADE DE AGREGAR

É fundamental que o representante não coloque suas ambições pessoais acima do interesse coletivo.

Sob essa ótica, junto-me aos demais membros do Conselho Gestor do Movimento Semente da União para definirmos qual candidato reúne as melhores condições para levar adiante essa missão e que contará com o nosso empenho para ser eleito.