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Desde 1986, quando extenso Memorando do Banco Mundial exigia — como condição para reprogramar a dívida externa, conceder novos empréstimos e evitar a intervenção do FMI –, a privatização dos bancos públicos brasileiros, vimos sofrendo os percalços de notícias dando conta da iminente privatização do BB.

Na época, não fossem os esforços do Presidente Camilo Calazans — que, entre outras ações, incentivou a criação da ANABB –, em conjunto com outras Entidades Funcionais e de políticos que entendiam a importância do Banco para o desenvolvimento do País, provavelmente hoje o BB já estivesse em mãos de grupos privados, destino dado à maioria dos Bancos Estaduais.

E é esse o clima em que temos permanentemente vivido. A amenizá-lo, as manifestações de alguns colegas que ponderam: o tema, privatização do BB, sempre tem vindo à tona, elege e derrota a muitos políticos, mas como as brumas, logo se esvai.

Novos tempos, novas circunstâncias, novas políticas, novas preocupações.

Tudo isso, no entanto, nos faz refletir se, quatro décadas passadas e a revolução tecnológica que elas trouxeram transformando o mercado bancário mundial, são ou não suficientes para sustentar as posições privativistas mais radicais.

Como cidadãos, é justo querer entender as adequações políticas engendradas para fazer frente às mudanças mercadológicas, mas, e principalmente, dever preocupar-nos com as consequências que elas provocarão na vida dos brasileiros,

Mas é, com mais razão que, como partícipes do coletivo que serviu e ainda serve ao BB, que devemos focar nossos esforços no entender dos desdobramentos a essa possível privatização, nos afetará e aos nossos familiares.

Uma vez o BB privatizado, isso implicará certamente em alterações nas suas relações com as nossas Instituições — PREVI E CASSI e nos riscos inerentes às condições em que a privatização acontecer. E será afetada, até mesmo, a forma como hoje nos estruturamos em Associações Funcionais – independentes das representações sindicais.

Sem sermos alarmistas, mas realistas, não podemos descartar possíveis riscos. É nosso dever nos antecipar, prevendo, analisando e criando soluções para os

possíveis percalços a que as nossas PREVI e CASSI estejam sujeitas a se submeter diante do novo cenário.

Já imaginaram as consequências para nós e para os nossos familiares, no caso de alterações – parciais ou radicais — das relações da PREVI e da CASSI com os possíveis novos proprietários do BB?

A manutenção e longevidade das nossas PREVI e CASSI, como hoje estruturadas dependem da nossa vigilância e proatividade. E os sinais que apontam para a necessidade de que fiquemos atentos são crescentes e cada vez mais evidentes:

  • A forte tendência privativista da atual política e da equipe econômica do governo;
  • O BB se ausentou de comunidades onde era o único agente financeiro;
  • O tarifário do BB perdeu a capacidade de moderar o mercado;
  • O BB, evidenciado pelo Plano Safra desse ano, lançado com a presença da CEF, perde importância no segmento rural;
  • O BB perde paulatinamente a sua abrangência mercadológica, com a venda de subsidiárias;
  • A mudança de percepção da sociedade, vis-à-vis à moderna rede bancária privada, sobre a necessidade de um banco nos moldes do BB;

Longe de desejar e pregar a privatização do BB, mas com o espírito de não perder a visão sobre a realidade ambiental é que o Movimento SEMENTE DA UNIÃO – MSU sugere a imediata criação de:

Colegiado permanente — composto por representantes de todas as entidades representativas dos aposentados, funcionários da ativas e do próprio BB – responsável por antever soluções que minimizem situações adversas e por estruturar estratégia dissuasória à privatização do BB.

Lembramos que essa sugestão está perfeitamente alinhada ao pensamento que norteia, desde 2007, o objetivo primeiro do MSU – Movimento SEMENTE DA UNIÃO, resumido no adágio: A UNIÃO FAZ A FORÇA. Utilizado inteligentemente e com absoluto sucesso pelas entidades que abdicaram de se manifestar de maneira dispersiva e isolada, que só as enfraquecia. 

Para materializar essa ideia, o MSU se dispõe a catalogar os nomes das Associações e Sindicatos que entenderem a necessidade de nos precavermos, devendo encaminhar e-mail para maci_oliveira@hotmail.com até o próximo dia 30.06.2021.

Respeitosamente,
Conselho Gestor do MSU – Movimento SEMENTE DA UNIÃO